04 novembro, 2013

Meu caro Einstein, os cientistas oram?

Em janeiro de 1936, uma garotinha chamada Phyllis escreveu a Albert Einstein. A carta da garota e a resposta do cientista podem ser lidas abaixo.

19 de janeiro de 1936
Meu caro Dr. Einstein,
Nós trouxemos uma pergunta de nossa aula de estudos dominicais na Igreja de Riverside:
"Os cientistas rezam?"
Ela começou com a questão sobre se podemos acreditar tanto na ciência quanto na religião. Estamos escrevendo para cientistas e outros homens importantes para tentar ter uma resposta para nossa pergunta.
Ficaríamos muito honrados se você respondesse nossa questão: Os cientistas rezam, e rezam pelo quê?
Estamos na sexta série, na turma da senhorita Ellis.
Respeitosamente,
Phyllis


24 de janeiro de 1936
Querida Phyllis,
Vou tentar responder sua pergunta da forma mais simples que eu puder. Eis minha resposta:
Os cientistas acreditam que todo acontecimento, incluindo os assuntos dos seres humanos, é devido às leis da natureza. Portanto, um cientista não pode ser inclinado a acreditar que o curso de eventos pode ser influenciado pela oração, isto é, por um desejo manifestado sobrenaturalmente.
Entretanto, devemos reconhecer que nosso conhecimento de tais forças é imperfeito, de modo que no fim a crença na existência de um espírito final e definitivo depende de um tipo de fé. Tal crença se mantém generalizada mesmo em face às conquistas atuais na ciência.
Mas também, todos os que estão envolvidos na investigação científica se tornam convencidos de que algum espírito se manifesta nas leis do universo, um espírito que é vastamente superior ao do homem. Deste modo, a busca científica leva a um sentimento religioso de um tipo especial, que é com certeza muito diferente da religiosidade de alguém mais simples.
Com saudações cordiais,
A. Einstein
Fonte primária: Dear Einstein, Do Scientists Pray? Letters of Note
Tradução de Eli Vieira, blog Bule Voador

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