Por falhanço entende-se um confronto armado onde um dos oponentes sofre uma derrota marcante, desproporcional ou inesperada que pode ou não ter tido consequências no rumo da história. As razões para o falhanço militar são diversas e podem incluir mau planejamento, incompetência de tropas e/ou comandantes, condições atmosféricas, problemas técnicos e/ou capacidades excepcionais do inimigo.
Um dos falhanços da Era Moderna foi a Batalha de Isandlwana (África do Sul, 1879), na qual o exército zulu, formado por cerca de 20 mil homens, enfrentou dois batalhões da infantaria britânica.
Os zulus estavam equipados principalmente com lanças de ferro azagaia e escudos tradicionais, mas também tinham um número significativo de espingardas e rifles antigos, embora eles não tivessem sido formalmente treinados para utilizar este tipo de armamento.
Já as tropas coloniais estavam armadas com o estado da arte: rifles Martini-Henry e uma artilharia de montanha composta por dois canhões de 76 mm implantados como canhões de campanha, bem como uma bateria de foguetes.
Apesar da grande desvantagem tecnológica, os zulus (numericamente superiores) acabaram por derrotar os mal conduzidos britânicos.
O dia da lua morta
Em zulu, "Isandlwana" significa "o dia da lua morta". É que, por volta das 14h30, ocorreu localmente um eclipse solar anular (em que a Lua é visualmente pequena para encobrir o Sol), embora isso não tivesse influência sobre o resultado final da batalha.
(Josué, que não estava por lá, certamente teria procurado tirar vantagem do eclipse.)
Ver também: Um militar trapalhão
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