Costumo repetir que, em viagem por essas estradas sem placas confiáveis, frentista de posto de gasolina tem que saber tudo de endereço de estradas, cidades, ruas, hotéis etc.
E quem trabalha em barraca de praia tem que saber tudo de meteorologia. Mas a turma da praia aprendeu a se defender.
Manhã de quase sol, no horizonte do mar sem fim se formou uma barra de nuvens pesadas. Carregadas de chuva. Se viesse em direção à praia, adeus banho de mar.
Fiz a pergunta inevitável para o rapaz que nos atendia na barraca:
- Será que vem nessa direção?
- Nem sempre. Tomara que fique por lá, mesmo.
- A chuva aqui normalmente vem do mar ou do continente?, insisti.
- O senhor mora onde, patrão?
- Moro em Brasília. Por quê?
- Lá deve de ser do mesmo jeitinho daqui. A chuva vem de cima.
Não demorou muito e o céu desabou torrencialmente. Preparou-se no leste e veio de cima. Bem feito.
Toin, toin...
Fernando Gurgel Filho
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