30 julho, 2012

"MENSALÃO". Começa o julgamento pós-condenação da mídia golpista

Analise através das capas da Revista Veja o comportamento da mídia golpista em relação ao suposto mensalão e descubra a verdade sobre os fatos. De 2002 até a cassação de Demóstenes Torres, uma complexa trama de interesses particulares transformou um réu sem provas em condenado pela mídia.


DIA 2 DE AGOSTO COMEÇA O JULGAMENTO DO "MENSALÃO". 
QUEREMOS UM JULGAMENTO TÉCNICO, BASEADO NAS PROVAS E NÃO UMA CONDENAÇÃO PAUTADA PELA MÍDIA.
#JulgamentoLimpo
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-mensalao-nas-capas-de-veja

E QUANDO VAI SER JULGADO O MENSALÃO TUCANO?
Ricardo Kotscho, Balaio do Kotscho
Começa no próximo dia 2 de agosto, no Supremo Tribunal Federal, o julgamento do chamado "mensalão do PT". Muito justo: afinal, o caso já se arrasta desde de 2005 e nós estamos em 2012. Estava na hora.
Por falar nisso, pergunto: e quando vai ser julgado o "mensalão tucano", rebatizado pela grande imprensa de "mensalão mineiro", que é bem mais antigo e vem se arrastando desde 1998?
Para se ter notícias do "mensalão do PT", basta abrir qualquer jornal ou revista, ligar o rádio ou a televisão, está tudo lá diariamente, contado em caudalosas reportagens nos mínimos detalhes, comprovados ou não.
Já o "mensalão tucano" foi simplesmente escondido pela mídia reunida no Instituto Millenium, que não quer nem ouvir falar no assunto. Quem quiser saber a quantas anda o processo que dormita no Supremo Tribunal Federal precisa acessar aquilo que o tucano José Serra chama de "blogs sujos".
[...]
Sob o título "Mensalão tucano e silêncio da mídia", o blog de Altamiro Borges tratou do assunto no último dia 10 de junho:
"Na quarta-feira passada (6), finalmente o Supremo Tribunal Federal decidiu incluir na pauta o debate sobre o "mensalão tucano", o esquema utilizado patra alimentar a campanha pela reeleição do governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) em 1998. A mídia, porém, não deu qualquer destaque ao assunto. Algumas notinhas informaram apenas que o "mensalão mineiro" também será julgado em breve _ a imprensa demotucana evita, por razões óbvias, falar em mensalão tucano".
Quer dizer, 14 anos depois, o STF decidiu colocar na pauta e vai começar a debater o "mensalão tucano". Nem se pensa ainda em marcar uma data para o julgamento, ao contrário do que aconteceu com o "mensalão do PT", que virou um caso de vida ou morte para a mídia e precisa porque precisa ser julgado - e todo mundo condenado - antes das eleições de outubro. Altamiro explica:
"O caso é bastante emblemático. Ele serve para comprovar a seletividade da chamada grande imprensa. O escândalo surgiu bem antes das denúncias contra o PT. A própria Procuradoria-Geral da República, ao encaminhar o caso ao STF, em novembro de 2007, afirmou que o esquema foi "a origem e o laboratório" do mensalão do PT. Ele teria sido armado pelo mesmo publicitário Marcos Valério, que montou o famoso "valerioduto" para financiar campanhas eleitorais com recursos públicos e doações de empresas privadas".
[...]

2 comentários:

Nelson Cunha disse...

O termo " Mensalão " não se aplica ao desvio de recursos em Minas. Aqui o dinheiro desviado do governo estadual com a rubrica de " gastos com publicidade " foi usado na campanha do Eduardo Azeredo. No caso do PT , o desvio percorreu caminhos idênticos: Gastos com publicidade do Banco do Brasil com empresas do Valério que emitia notas de serviço ( não executado) . O dinheiro era distribuído com os parlamentares da base aliada em troca de apoio no Congresso. Daí o termo " Mensalão" .
O crime é o mesmo e mereceria o mesmo destaque da imprensa e o repúdio inclusive dos petistas e tucanos honestos. O Ministério Público e o relator Juiz Joaquim Barbosa que têm acesso aos documentos não seriam tão irresponsáveis ao chamar de quadrilheiros os operadores do esquema. Querer chamar um esquema assim de caixa dois e dizer que não existiu o mensalão é a mesma estratégia dos Iranianos ao negarem o holocausto.

Paulo Gurgel disse...

Em editorial, a Folha admite que mentiu nos últimos 7 anos de investigações, pois não foi possível provar as acusações centrais: nem compra de votos, nem a origem pública do dinheiro.
Essa é a grande farsa do "mensalão". Se a denúncia fosse de caixa-2 de campanha, coisa admitida por todos, e que todas as provas apontam para isso, seria um processo honesto. Mas quiseram carregar nas tintas para forjar uma crise política, e inventaram a estória da compra de votos e de que doações de campanha por caixa-2 de empresas privadas seria dinheiro público.
Agora, tudo indica, não haverá como condenar a maioria dos acusados.
O que pede a Folha, então? Com outras palavras, pede ao STF que aplique os critérios de um monstrengo criado pela ditadura, o AI-5. Aquele dispositivo que havia na mão do ditador para cassar algum adversário político que incomodava, inventando alguma acusação sobre ele como desculpa, dizendo para o distinto público que era “moralização” da política e “combate à corrupção”.
Merval Pereira faz a mesma coisa. Admite que o julgamento é político. Dissimula em texto burilado o pedido para o STF também aplicar o AI-5 em nome da “moralidade pública”.
Se a Folha e Globo ainda fossem apenas fascistas, mas pelo menos tivessem honestidade de propósitos, seria questão de divergência política. O problema é que a preocupação com moralidade e combate à corrupção passam longe nestes veículos de comunicação, que têm uma enorme má vontade em aprofundarem-se no "mensalão tucano", na privataria tucana e na CPI do Cachoeira, quando aponta para José Serra (PSDB-SP).
Esses órgãos de imprensa querem apenas expurgar trabalhistas e socialistas da política brasileira, para recolocar no Planalto os demotucanos velhos de guerra, com seus governos dóceis aos interesses econômicos dos barões da mídia.
Quanto ao colunista do Globo, este contou ainda uma mentira ao argumentar que Eduardo Azeredo (PSDB-MG) responde a processo por responsabilidade e Lula não, devido à decisão política do Procurador-Geral.
A verdade é que Azeredo foi incluído no processo do mensalão tucano porque há cheques para ele e recibos, que são provas materiais. Contra Lula, vasculharam à vontade e não acharam nada.