26 julho, 2012

Os comedores de brasas

"Sapos estão associados com alguns mitos maravilhosos, e meu ceticismo foi, naturalmente, grande quando o meu amigo Mr. H. Martin Leake me assegurou, durante uma visita a Cawnpore, em outubro de 1915, que eles iriam comer carvão em brasa. No entanto, uma demonstração feita, depois do jantar que tivemos, logo dissipou minhas dúvidas. Pequenos fragmentos de carvão aquecidos a um vermelho brilhante foram atirados ao chão de cimento, na frente de vários sapos pequenos (Bufo stomaticus), que comumente invadem os bangalôs nessa época do ano, e, para minha surpresa, foram avidamente abocanhados e engolidos pelos sapos. Eles pareciam não sofrer quaisquer transtornos, como ainda chegavam a comer vários fragmentos de carvão em brasa... em sucessão. A provável explicação para esse comportamento é que os sapos confundissem os fragmentos luminosos de carvão vegetal com vaga-lumes, os quais são numerosos no terreno do Colégio Agrícola de Cawnpore no mês de outubro. Porém, eu repeti o experimento em Allahabad, em agosto de 1916, com os mesmos resultados, apesar de eu nunca ter observado vaga-lumes por lá, em qualquer época do ano.

(traduzido de W.N.F. Woodland, in Nature, setembro de 1920)

Em Uma rã iluminada a história se repetiu. PGCS

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