Ao ler o Caderno 3 do Diário do Nordeste, edição do dia 22, eis que tive a notícia de um amigo dos velhos tempos. Dos anos 60, quando morávamos no bairro de Otávio Bonfim. É o Paulo Gomes. Aproximados pela música popular brasileira, nos encontrávamos muitas vezes para mostrar, um ao outro, as composições que fazíamos. Ele, tradicionalista, compunha sambas, marchas e frevos. Quanto a mim, carregando a mão nos acordes dissonantes, elaborava umas certas canções bossanovísticas. E sonhávamos em vencer festivais
Houve um festival da terra em que Paulo Gomes teve uma música classificada. O xará me convidou para que, ao lado do grande violonista Cláudio Costa, eu o acompanhasse na apresentação. Paulo Gomes, ele mesmo, não tocava qualquer instrumento musical. Compunha as suas músicas a ritmar com as mãos e a cantarolar. Na qualidade de discípulo do Cláudio Costa, eu já dedilhava na época um violão, digamos, rudimentar. Por isso, durante a apresentação da sua música no festival, cuidei de não esquecer o grande detalhe. No palco, posicionar-me de uma forma que pudesse olhar o braço do violão do mestre. E o que ele fez lá, eu fiz cá.
Mas a reportagem do DN fala de um Paulo Gomes que ainda compõe. E que colocou uma marcha-rancho, de nome “Velho Palhaço”, em um festival de marchas carnavalescas no Rio de Janeiro. Já em situação de finalista, depois de concorrer com mais de mil canções, e com possibilidade de sair no Fantástico. Dependendo, é claro, de uma força que os conterrâneos possam dar ao “Velho Palhaço” através da internet.
Parabéns, velho amigo. Ouvi, gostei e já estou a votar.
http://www.globo.com/fantastico
http://globoradio.globo.com/RadioClick/Player/6/0,,KY621122-5941,00.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário