O futuro é algo totalmente irrevelável no presente. Não me venham com jogos de búzios, cartas do tarô, bola de cristal, horóscopos e outras crendices do gênero. Só vamos saber o que o futuro nos reserva quando estivermos lá. Ah, ledo engano, não vamos. Estaremos diante de uma versão updated do presente. A nos dizer que o futuro outra vez mudou de endereço.
O futuro é nômade.
O futuro se desloca o tempo todo como a linha do horizonte.
O futuro, feito a cenoura pendurada na frente da besta, faz com a alimária caminhe sem parar. Sem alcançá-la.
O futuro é como uma caixa preta. Abre-se, encontra-se outra caixa preta. Ad infinitum.
Por isso, faz parte do meu ceticismo desconfiar da futurologia. Não vejo como se possa saber de fatos que ainda vão acontecer. Embora, para não radicalizar sobre o assunto, eu admita existir uma chance – única – para isto ser possível. Um dia, quem sabe, através da revolução tecnológica, a qual sempre nos surpreende.
A propósito, quem está na frente é o Google.
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