Principalmente em Recife e Olinda, é impossível pensar em Carnaval e não se lembrar do ritmo contagiante do frevo.
"Assim como um texto literário é uma estranheza para um analfabeto, a junção de melodia, harmonia e ritmo (que acontece no frevo) é indecifrável para uma pessoa que não tenha bom gosto musical."
FREVO
A palavra frevo vem de "ferver", por corruptela, "frever", que passou a designar: efervescência, agitação, confusão, rebuliço; apertão nas reuniões de grande massa popular, em seu vai e vem em direções opostas, como o Carnaval (de acordo com o "Vocabulário Pernambucano", de Pereira da Costa).
Divulgando o que a boca anônima do povo já espalhava, o "Jornal Pequeno", vespertino do Recife que mantinha uma detalhada seção carnavalesca da época, assinada pelo jornalista Oswaldo Oliveira, na edição de 9 de fevereiro de 1907, fez a primeira referência ao ritmo, na reportagem sobre o ensaio do clube "Empalhadores do Feitosa", do bairro do Hipódromo, que apresentava, entre outras músicas, uma denominada "O frevo".
O ritmo que tinha em seus primórdios um andamento parecido com o dobrado, ganhou elementos inovadores da polca, do maxixe e da marcha militar e foi, com o passar dos anos, transformando-se no frevo pernambucano, transfigurando as antigas agremiações do século XIX nos clubes carnavalescos dos nossos dias. O clube chamou para si a atenção dos capoeiras, comuns nos desfiles das bandas militares que, fazendo complicados passos, criaram a coreografia do frevo, a qual, o pernambucano denomina de passo.
2008 - Spok Frevo Orquestra
2015 - Frevo "Sete Corações"
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