No rescaldo do furacão Sandy, o estúdio cavernoso de Ray Smith no Brooklyn, em um armazém perto do Canal Gowanus, era uma gigantesca piscina interior com seis pés de profundidade. Ali, suas enormes telas figurativas e suas totêmicas esculturas de madeira flutuavam a esmo, enquanto ele e seus assistentes tentavam desesperadamente drenar o estúdio, recuperando o que podiam de 30 anos de sua arte.
Todas as obras que estavam no estúdio no momento da tempestade sofreram algum dano. "Mas há algumas de que eu agora até gosto mais", diz Smith.
E o artista aponta para uma pintura em madeira de ondas colossais e espelhadas, ondulando umas para as outras, que ficou boiando na água por vários dias. Houve uma área em que a água, ao tornar a tinta temporariamente pegajosa, acabou proporcionando um outro nível de abstração.
"Eu nunca teria conseguido este efeito", diz ele sobre a atuação da água em um quadro que representa exatamente isto: ondas. "É agora uma pintura maravilhosa", acrescenta.
[https://learning.blogs.nytimes.com/2013/03/22/word-of-the-day-irony/]
[http://www.nytimes.com/2013/03/17/nyregion/ray-smiths-work-is-rescued-after-a-hurricane.html]
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