06 março, 2015

Quem conta mil e um contos...

O final do século XVII foi uma época de grande interesse do público francês por histórias orientais. Neste contexto, o escritor francês Antoine Galland traduziu manuscritos árabes com histórias fantásticas que havia trazido do Oriente. O primeiro foi o conto das viagens do marinheiro Simbad, publicado em 1701, originário de um manuscrito avulso.
Em 1704, começou a publicar os volumes do que seria sua maior obra, "Les Mille et Une Nuits" (As Mil e Uma Noites), baseado num manuscrito sírio do século XIV. Até 1706, ele  já havia publicado seis volumes, que alcançaram grande popularidade.


Galland tomou várias liberdades artísticas na redação das "Noites". A exemplo do que fez com algumas das histórias que escutou de Hanna Diab, um contista sírio. Assim é que "Aladim e a Lâmpada Maravilhosa" e "Ali Babá e os Quarenta Ladrões", apesar de não existirem em nenhum manuscrito antigo das "Noites", foram incorporadas por Galland à obra.
O escritor também modificou grande parte do estilo da narrativa, das falas dos personagens e de outros aspectos para adaptá-las ao público europeu. Apesar das críticas que recebeu de escritores e estudiosos posteriores, a sua versão de "As Mil e Uma Noites" tornou-se a mais célebre no mundo ocidental.

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