18 janeiro, 2020

Precisamente, os címbalos (2)

O clímax do segundo movimento da sétima sinfonia de Bruckner é dado por uma nota dos pratos orquestrais. É a única nota dos címbalos em toda a sinfonia, e o percussionista tem tempo de sobra para se preocupar com isso.
Reza a lenda que Bruckner acrescentou-a ao saber da morte de Richard Wagner (o compositor preferido de Luís II da Baviera, de dez entre dez líderes do III Reich e também do recém-demitido Secretário Especial da Cultura).
Fontes:
http://blogdopg.blogspot.com/2014/09/precisamente-os-cimbalos.html
http://blogdopg.blogspot.com/2017/03/a-musica-na-vida-de-luis-ii-da-baviera.html



Richard Wagner (1813-1883) escreveu alguns ensaios antissemitas e, por essa razão e pelo aspecto nacionalista de sua obra, sua imagem foi empanada no século XX pelo fato de o nazismo tê-lo tomado como exemplo da superioridade da música e do intelecto alemães, contrapondo-o a músicos também românticos como Mendelssohn, que era judeu. O ensaio mais polêmico foi Das Judentum in der Musik, publicado em 1850, no qual ele atacava a influência de judeus na cultura alemã em geral e na música em particular. Nesta obra descreve os judeus como: "ex-canibais, agora treinados para serem agentes de negócios da sociedade". Segundo Wagner, os judeus corromperam a língua do país onde vivem há gerações. A sua natureza, continua Wagner, torna-os incapazes de penetrar a essência das coisas. A crítica era dirigida particularmente aos compositores judeus Giacomo Meyerbeer e Felix Mendelssohn, que eram seus rivais. Wagner insistia em defender que os judeus que viviam na Alemanha deveriam abandonar a prática do judaísmo e se integrar totalmente à cultura alemã. WIKI

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