09 junho, 2018

Stephen Hawking e sua supercadeira

Stephen William Hawking (8 de janeiro de 1942, Oxford, UK - 14 de março de 2018, Cambrige, UK) foi um físico teórico, cosmólogo e um dos mais consagrados cientistas das últimas décadas. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge, na qualidade de professor lucasiano emérito, um posto que foi ocupado por Isaac Newton, Paul Dirac e Charles Babbage. Também foi diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica e fundador do Centro de Cosmologia Teórica da Universidade de Cambridge.
Hawking era portador de esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença degenerativa incurável que paralisa os músculos do corpo sem, no entanto, atingir as funções cerebrais. A doença foi detectada quando ele tinha 21 anos. Em 1985, Hawking teve que se submeter a uma traqueostomia após ter contraído pneumonia e, a partir de então, utilizou um sintetizador de voz para se comunicar. Gradualmente, ele perdeu o movimento dos seus braços e pernas, assim como do resto da musculatura voluntária, incluindo a força para manter a cabeça erguida, de modo que sua mobilidade ficou praticamente nula. Em 2005, Hawking usava os músculos da bochecha para controlar o sintetizador e, em 2009, já não podia mais controlar a sua cadeira de rodas elétrica.
Outros cientistas criaram novas formas de tecnologia para evitar que o físico sofresse da "síndrome do encarceramento", ajudando a traduzir os pensamentos de Hawking em fala. A última versão desenvolvida pela Intel e cedida a Hawking em 2013, rastreava o movimento dos olhos do cientista para gerar palavras, embora ele afirmasse em seu site oficial (www.hawking.org.uk) que ainda prefiria usar o "cheek tracking" (rastreamento da bochecha) para utilizar a interface ACAT (um sistema também desenvolvido pela Intel).


Hawking se descrevia como ateu. Em algumas ocasiões, usou a palavra "Deus" em seus livros e discursos, mas, segundo ele próprio, no sentido metafórico e relativo. Hawking acredita que "o universo é governado pelas leis da ciência. As leis podem ter sido criadas por um Criador, mas um Criador não intervém para quebrar essas leis". Ele comparou a ciência e a religião durante uma entrevista, dizendo que "há uma diferença fundamental entre a religião, que se baseia na autoridade, e a ciência, que se baseia na observação e na razão. A ciência vai ganhar porque ela funciona".
Apesar de confinado a uma cadeira de rodas e incapaz de falar sem o auxílio de um sintetizador de voz (que o deixava "com um sotaque americano"), Stephen Hawking realizou notáveis contribuições no campo da cosmologia (o estudo do universo como um todo) e da gravidade quântica, além de escrever as 262 páginas do maior "best-seller" da ciência para leigos: "Uma breve história do tempo". WIKI

Na Genno e ScientiaComo Hawking escrevia e pronunciava seus discursos
1. Um tablet era instalado em um suporte de metal acoplado a um dos braços da cadeira.
2. No menu havia termos prontos, como "sim", e uma lista de palavras em ordem alfabética, além da função "soletrar".
3. Um sensor nos óculos captava os movimentos da bochecha usados para escolher as frases.
4. O texto completo era enviado ao sintetizador, que criava a voz simulando entonação, segundo Sam Blackburn, assistente de Hawking. O som saía atrás do suporte do computador.
5. Para palestrar, ele escrevia o discurso antes. Na hora da participação, envia ao sintetizador uma frase por vez, o que deixava a fala mais natural.

No blog EM: Stephen Hawking está fora de controle

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