Manuel Henrique, leitor do Diário do Centro do Mundo
Já ao fazer insinuações sobre os “interesses de família”, FHC deveria evitar este falso caminho moralista. Muitos ainda se lembram da filha do ex-presidente, Luciana Cardoso, a “funcionária fantasma” do Senado que prestava serviços a Heráclito Fortes (DEM-PI). Outros também se lembram do filho de FHC, Paulo Henrique Cardoso, que ganhou uma concessão de tevê e se tornou testa de ferro do grupo estadunidense Walt Disney Company – burlando a legislação brasileira sobre meios de comunicação.
Há também o caso do ex-genro David Zylbersztajn, que foi nomeado pelo sogro para presidir a Agência Nacional do Petróleo e virou consultor de poderosas multinacionais petrolíferas. Ele foi um dos mentores da proposta de transformar a Petrobras em “Petrobrax” para facilitar a sua privatização. Isto para não falar do filho bastardo com a jornalista Miriam Dutra, que a TV Globo exilou na Europa e que depois FHC descobriu que não era seu. De fato, há muita confusão entre os “interesses de família e o interesse público”.
Altamiro Borges, Blog do Miro
O que é mais vergonhoso para um presidente da República? Ter as ações de seu governo investigadas e os responsáveis, punidos, ou varrer tudo para debaixo do tapete? Eis a diferença entre Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva: durante o governo do primeiro, nenhuma denúncia – e foram muitas – foi investigada; ninguém foi punido. O segundo está tendo que cortar agora na própria carne por seus erros e de seu governo simplesmente porque deu autonomia aos órgãos de investigação, como a Polícia Federal e o Ministério Público. O que é mais republicano? Descobrir malfeitos ou encobri-los?
FHC, durante os oito anos de mandato, foi beneficiado, sim, ao contrário de Lula, pelo olhar condescendente dos órgãos públicos investigadores. Seu procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, era conhecido pela alcunha vexaminosa de “engavetador-geral da República”. O caso mais gritante de corrupção do governo FHC, em tudo similar ao “mensalão”, a compra de votos para a emenda da reeleição, nunca chegou ao Supremo Tribunal Federal nem seus responsáveis foram punidos porque o procurador-geral simplesmente arquivou o caso. Arquivou! Um escândalo.
Cynara Menezes, CartaCapital
Temos que reavivar outras memórias
Sem gravar pode
Os calotes do iFHC
Só para comparar
Até que enfim
O pseudocaçador de cupins
Nenhum comentário:
Postar um comentário