02 dezembro, 2012

Uma experiência de longa duração

Por exemplo, esta que mede o fluxo de uma amostra de piche através de um funil. A experiência foi iniciada em 1927 pelo professor Thomas Parnell, da Universidade de Queensland, Austrália, para demonstrar aos alunos que algumas substâncias que parecem ser sólidas são, de fato, fluidos de muito alta viscosidade.
Quem conduz o experimento na atualidade é o professor John Mainstone, visto na imagem ao lado.
O fluxo através do funil é tão lento que, 85 anos após, o piche ainda está formando a nona gota.


Um biólogo que acompanha, por quase um quarto de século, colônias de bactérias que crescem em uma dúzia de placas de cultura, está esperando encontrar alguém para manter sua experiência de laboratório muito depois que ele venha a morrer. Enquanto isso, um botânico que trabalha no mesmo campus (apenas por coincidência) cuidadosamente cuida de uma experiência que começou antes de ele nascer, em 1879. Estes dois pesquisadores, ambos da Universidade de Michigan, em East Lansing, representam exemplos de um fenômeno incomum na ciência: experimentos que ultrapassam o tempo de existência das pessoas que deram início a eles. A maioria dos projetos de pesquisa objetiva produzir resultados tão rapidamente quanto possível. Mas, porque a natureza pode trabalhar em escalas de tempo enormes, algumas questões podem levar mais tempo para dar a resposta do que a carreira dos cientistas.

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