Um acidente, com consequências que podem ter sido fatais, ocorreu em Cannes no domingo passado.
Despleschin M., de Nice, tinha anunciado a sua intenção de fazer uma ascensão em um balão, e dois cavalheiros, M. Hardy, de Cannes, e MA de Sorr, um escritor de Paris, pediram para acompanhá-lo.
Estes dois senhores tinham já tomado os seus lugares na gôndola, M. Despleschin ainda não, quando uma pessoa no meio da multidão, ansiosa para ver o início da subida do balão, gritou:
- Vamos lá.
O homem que segurava as cordas, pensando que a ordem viera do aeronauta, obedeceu, e o balão subiu rapidamente às nuvens e desapareceu. Como M. Hardy e M. de Sorr são completamente ignorantes em manuseio de balão, teme-se que eles tenham sido levados para o mar.
Até o momento não há qualquer informação do paradeiro deles.
Times, 9 de maio de 1854
Voar mais...
2 comentários:
Paulo,
Você se lembra do padre balonista brasileiro que voava amarrado a balões de borracha com gás hélio?
Desapareceu no mar
Esqueceu de um princípio físico elementar em que os gases procuram o equilíbrio de pressões: o hélio, menos denso, sobe à procura da densidade atmosférica equivalente ( semelhança com o princípio de Arquimedes) . Ao subir, os balões eclesiásticos cresceram até vencer a resistência da borracha. Um a um foram despedaçando-se para desespero do vigário que cabulou a aula de ciência no seminário menor.
Em 2008, registrei que o padre baloneiro estava sendo acompanhado em seus esforços para o aprimoramento da espécie humana, excluindo-se dela acidentalmente.
"Estamos de olho no padre que amarrou balões de festa numa cadeira de jardim e aparentemente ascendeu aos céus." - Site Darwin Awards.
http://blogdopg.blogspot.com.br/2008/04/uma-crnica-das-mortes-em-aventuras.html#links
Pois bem, foi o padre que ganhou o prêmio naquele ano.
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