por Fernando Gurgel Filho, de Brasília
Uma amiga ficou inconformada com uma citação onde um autor inglês mostrava todo o seu preconceito contra as mulheres.Indignação legítima, mas já foi pior.
Nietzsche, no livro "A Gaia Ciência", dizia que os romanos eram implacáveis com suas mulheres, caso cometessem apenas dois pecados: ser adúltera ou beber vinho.
Creio que foi o primeiro crime onde causa e consequência se misturam, pois não se sabe se elas cometiam adultério bebendo vinho ou se bebendo vinho ficassem mais propensas a procurar outras diversões. Ou vice versa, mas o vice devia estar sempre pronto a versejar na orelha de uma dama que gostava de umas libações ritualísticas sem desperdiçar o vinho ou a oportunidade.
Mas o que ficou mesmo dessa época, como o cúmulo do absurdo que deu certo, foi a descoberta do sabor do beijo feminino. Coisa que nem gregos ou romanos eram muito chegados.
Pois é. A soldadesca romana, capitaneadas pelos seus valentes reis, senadores, heróis e guerreiros estavam acostumados apenas ao ósculo entre seus pares. Coisa de guerreiros que gostavam de vestir umas minissaias e adoravam uns penachos nos capacetes. Affe!
Aí, para descobrir o tamanho do chifre, passaram a beijar as mulheres. De língua.
Se tivesse um gostinho de vinho, um gostinho sequer, a dama era punida com a morte. Se não, não importava muito. Afinal de contas, eram apenas mulheres.
Ainda bem que as mulheres, arriscando a própria vida, ajudaram a preservar este delicioso hábito. De beber vinho e de beijar.
O beijo, Beijo, o slideshow, O beijo no cinema, O beijo da temperança e Delírio
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