Perdi "A despedida" de vista e, nos últimos 20 anos, fiz várias tentativas para a reencontrar, sobretudo na internet, pois mantive na memória a maior parte do texto.Ontem, lembrei-me de voltar às pesquisas e, com surpresa, encontrei-o no Instagram da vistosa atriz brasileira Isis Valverde, que não conhecia. A jovem transcreve o poema da minha infância/juventude, mas não identifica o autor, o que levou os leitores a atribuir-lhe a autoria.Seja como for, o importante é que posso partilhar um das mais bonitos e simples poemas de amor que conheço:Três modos de despedida
Tem o meu bem para mim:
«Até logo», «até à vista»
Ou «adeus» – É sempre assim.
«Adeus» é lindo, mas triste;
«Adeus» … A Deus entregamos
Nossos destinos: partimos,
Mal sabendo se voltamos.
«Até logo» é já mais doce;
Tem distância e ausência, é certo;
Mas não é nem ano e dia,
Nem tão-pouco algum deserto.
Vale mais «até à vista»,
Do que «até logo» ou «adeus»;
«À vista» lembra voltando,
Meus olhos fitos nos teus.
Três modos de despedida
Tem, assim, o meu Amor;
Antes não tivesse tantos!
Nem um só… Fora melhor.
In http://portuguesemforma.blogspot.com.br/2018/01/a-despedida-antonio-correia-de-oliveira.html
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