30 agosto, 2018

A transmissão dos impulsos nervosos

1921 - Na manhã do domingo de Páscoa, o farmacêutico alemão Otto Loewi (1873-1961) acordou com a lembrança de que tivera um importante sonho durante a noite. Um sonho que foi interrompido para ele fazer algumas anotações. Mas, quando tentou recuperá-las, a redação estava irremediavelmente ilegível. Depois de tentar recordar o sonho o dia todo, ele se deitou na noite seguinte e, por fim, o sonho voltou. O sonho era uma maneira de determinar se as transmissões entre as células nervosas eram químicas ou não. Ele, imediatamente, saiu da cama e foi para seu laboratório. Com um único experimento no coração de um sapo, ele confirmou sua própria tese de dezessete anos antes, a de que a transmissão dos impulsos nervosos era de fato um processo químico.
* Michael Brooks, Free Radicals (pg 24-25)
O experimento foi muito simples e se tornou um protótipo para todas as investigações subsequentes de fatores humorais (ou seja, químicos) no sistema nervoso. Ele isolou dois corações de sapo e os perfundiu com uma solução fisiológica morna (Ringer). Nestas condições, os corações continuam vivos e batendo por algumas horas. Ele então estimulou o nervo vago de um dos corações ("doador"). Em consequência, ocorreu uma forte inibição das contrações cardíacas espontâneas daquele coração. O segundo coração ("receptor") não era afetado, a não ser que ele o perfundisse com o líquido efluente do coração estimulado. Nesse caso, ele conseguia no segundo coração exatamente o mesmo efeito que no primeiro, com um pequeno retardo, provocado pela ação da bomba e pela ação química em si.


(http://pballew.blogspot.com.br/2018/03/on-this-day-in-math-march-27.html#links)

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