21 junho, 2018

Os clérigos-cientistas católicos

Muitos clérigos da Igreja Católica ao longo da história fizeram contribuições significativas para a ciência. Dentre esses clérigos-cientistas estão nomes ilustres tais como Nicolau Copérnico, Gregor Mendel, Alberto Magno, Roger Bacon, Pierre Gassendi, Ruđer Bošković, Marin Mersenne, Francesco Maria Grimaldi, Nicole Oresme, Jean Buridan, Robert Grosseteste, Christopher Clavius, Nicolas Steno, Athanasius Kircher, Giovanni Battista Riccioli, William de Ockham, e muitos outros.
Na verdade, pode-se perguntar por que a ciência se desenvolveu em um ambiente majoritariamente católico. Esta questão é considerada pelo padre Stanley Jaki em seu livro "The Savior of Science". Jaki mostra que a tradição cristã identifica Deus como racional e ordenado.
Os jesuítas em particular têm feito inúmeras contribuições significativas para o desenvolvimento da ciência. Por exemplo, os jesuítas dedicaram estudo significativo sobre terremotos, tanto que a sismologia veio a ser conhecida como "a ciência dos jesuítas". Isto, porém, é apenas uma das muitas contribuições significativas. Os jesuítas têm sido descritos como "o contribuinte unitário mais importante para a física experimental do século XVII."
De acordo com Jonathan Wright em seu livro "God's Soldiers", no século XVIII os jesuítas contribuíram para o desenvolvimento dos relógios de pêndulo, pantógrafos, barômetros, telescópios e microscópios e também para campos científicos tão variados quanto o magnetismo, óptica e eletricidade. Eles observaram, em alguns casos antes de qualquer outra pessoa, as faixas coloridas na superfície de Júpiter, a nebulosa de Andrômeda e os anéis de Saturno. Eles teorizaram sobre a circulação do sangue (independentemente de Harvey), a possibilidade teórica de voo, o modo como a Lua afeta as marés, bem como a natureza ondulatória da luz. Mapas estelares do hemisfério sul, lógica simbólica, medidas de controle das enchentes dos rios Po e Adige, a introdução dos sinais de adição e subtração na matemática italiana – tudo isso são feitos típicos dos jesuítas.
As contribuições dos clérigos da Igreja Católica para o estudo da astronomia também são notáveis. JL Heilbron, em seu livro "The Sun in the Church: Cathedrals as Solar Observatories" escreve que "A Igreja Católica Romana deu mais ajuda financeira e apoio ao estudo da astronomia ao longo de seis séculos, desde a recuperação da aprendizagem antiga, durante o final da Idade Média até o Iluminismo, do que qualquer outra e, provavelmente, todas as outras instituições. " O fato de trinta e cinco crateras da lua terem sido nomeadas por cientistas e matemáticos jesuítas mostra o compromisso da Igreja com a astronomia. WIKI

Deus como Arquiteto", do frontispício do Codex Vindobonensis 2554, ca. 1250.
O BRASIL TAMBÉM TEM SUA LISTA DE PADRES-CIENTISTAS
Bartolomeu de Gusmão, um padre jesuíta nascido em Santos, que projetou a Passarola. Um aeróstato aquecido a ar quente, com o qual o "padre voador" antecedeu os Montgolfier com seus balões.
Landell de Moura, a quem se credita a invenção do rádio por conta de suas experiências de transmissão da voz humana a distância, feitas no final do século 19. Embora obtivesse as patentes, no Brasil e nos Estados Unidos, o padre não conseguiu o reconhecimento que merecia nem o financiamento necessário para produzir em escala industrial os seus equipamentos. Aliás, acusado de pacto com o diabo, o padre teve o dissabor de vê-los destruídos.
João Francisco de Azevedo, que inventou a máquina de escrever. Idealizado e construído por ele, este invento figurou na "Exposição Agrícola e Industrial de Pernambuco", em 1861. Padre Azevedo, apesar de festejado em sua época pelo que fez, nenhum lucro material veio a auferir com o invento. PGCS

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