Esses "computadores de Harvard", sentados em uma pequena sala revestida com papel de parede floral e cercados por pilhas de papéis e cartas de estrelas, não só fizeram avançar o campo da astronomia como também criaram novos sistemas para estudar as estrelas, alguns deles ainda usados atualmente.
O Observatório de Harvard viria a tornar-se uma incubadora para as habilidades de mulheres brilhantes:
– Wilhelmina Fleming, que descobriu e catalogou mais de 10 mil estrelas, várias nebulosas, a existência das estrelas anãs brancas, e também supervisionou mais de 80 outros "computadores do sexo feminino".
– Henrietta Swan Leavitt, que descobriu uma relação logarítmica entre o período de luminosidade de certas estrelas que mudam o brilho aparente ao longo do tempo e sua distância das outras, um método que possibilita os astrônomos medir a nossa proximidade de outras galáxias.
– Annie Jump Cannon, que trouxe novos conhecimentos das interações entre luz, matéria e radiação, através de seus estudos em astronomia espectroscópica.
Mnemônico
Cannon também inventou o sistema de classificação das estrelas com base em seu brilho e tamanho. Ainda hoje, os estudantes de astronomia memorizam estas letras: O, B, A, F, G, K, M, que são as iniciais do mnemônico "Oh Be A Fine Girl, Kiss Me" (oh,seja uma boa garota, beije-me).
Extraído de How Female Computers Mapped the Universe and Brought America to the Moon,de Natalie Zarrelli. In: Atlas Obscura
8 de março – Dia Internacional da Mulher
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