12 julho, 2015

O sol negro

Todos por um
Ao pôr do sol, um bando de estorninhos em Gretna Green, na Escócia, realiza um voo preparatório para empoleirar depois do forrageamento de um dia. A forma do grupamento tem a qualidade de um fluido hipnotizante, estendendo-se, ondulando e fundindo-se sobre si mesmo. Da mesma forma, outros bandos de estorninhos voam sobre Roma e ao longo dos pântanos da Dinamarca ocidental, formando no céu destes lugares imagens conhecidas como "o sol negro".



Que regras ditam este comportamento deles? Na década de 1970 os cientistas pensavam que as aves poderiam estar seguindo um campo eletrostático produzido pelo líder. Earler, na década de 1930, em um artigo, sugeriu que elas usavam transferência de pensamento.
Mas, em 1986, o especialista em computação gráfica Craig Reynolds descobriu que poderia criar um bando virtual realista, utilizando um conjunto de regras surpreendentemente simples para direcionar cada ave com relação às demais.
Estudos com pássaros reais parecem confirmam isto. Sob regras como estas um bando pode reagir prontamente a uma mudança de direção de qualquer de seus membros, permitindo que todo o grupo responda de forma eficiente como se fosse um organismo único.
"A aproximação de um predador pode ser comunicada rapidamente ao bando por qualquer um dos pássaros do lado de fora da formação que notá-la primeiro", escreve Gavin Pretor-Pinney, em The Wavewatcher’s Companion. "Quando sob o ataque de um falcão peregrino, por exemplo, um bando de estorninhos se contrai como uma bola e, em seguida, se dilata como uma fita para distrair e confundir o predador". All for One, Futility Closet
Curiosidade
Uma característica interessante e menos conhecida dos estorninhos é a sua capacidade de ingestão de álcool. Graças a uma enzima específica que produz, consegue processar o álcool 14 vezes mais rapidamente que um ser humano, o que lhe permite ingerir, em grandes quantidades, uma série de frutos e bagas que tendem a fermentar a partir de certo nível de maturação. WIKIPÉDIA
N. do E.
O que você viu em Uma festa dos bichos na África não verá jamais acontecer com os esturnídeos.

Um comentário:

Luisa Paiva Boléo disse...

Muito bom, Obrigada.
Luísa em Portugal