Por vinte e cinco anos, uma instrução oral foi fielmente cumprida pela guarda do palácio do governo, perto de Poona, Índia. No sentido de que um gato que, depois do escurecer, porventura passasse pela porta da frente devia ser considerado como sua excelência o governador e ser saudado em conformidade.
O significado disso era que Sir Robert Grant, governador de Bombaim, tinha morrido por lá em 1838 e, na noite de sua morte, um gato fora visto saindo de casa pela porta da frente e seguindo um determinado caminho. Como, de hábito, o governador fazia após o pôr do sol. Uma sentinela hindu tinha observado isso e contou o fato a outros de sua fé, o que acabou sendo objeto de interpretação por sacerdotes.
Segundo a doutrina de transmigração do espírito, a alma do governador falecido teria entrado no corpo de um dos animais de estimação do palácio. No caso, um gato. Então, decidiu-se que um gato, qualquer gato, que, após o escurecer, passasse em frente à entrada principal deveria ser considerado como tabernáculo da alma do governador Grant e, por conseguinte, para ser tratado com o respeito e a honra adequadas.
A decisão foi aceita pelos nativos, apoiada pelos funcionários da casa de governo, e um aditamento oral passou a circular no corpo da guarda do palácio. Qualquer gato que passasse por ali, à noite, pelo motivo já exposto, era para ser saudado pela sentinela com um "apresentar armas".
3 comentários:
Este fenômeno também acontece por aqui. Quando passa uma "gata" ,todos apresentam armas.
... E por falar em "gatas", na França a gíria para "gata " é Canon. Que significa Canhão. Para os brasileiros "Canhão ' é justamente o contrário de mulher bonita.
A "canhão"... faz bala de canhão dobrar a esquina.
Meio paradoxal, não?
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