Andando num movimentado calçadão com minha esposa, meus olhos viram uma dessas desafortunadas pessoas tidas como maltrapilhas, andarilhas, encontradas em qualquer cidade.
Algumas pessoas olhavam curiosas, outras, admiradas.
Havia inclusive quem imediatamente olhasse para o outro lado, como se de alguma forma pudessem ser contaminadas, contagiadas por aquela pessoa.
Recordando um amigo que sempre me orientava "cuide dos doentes, alimente os famintos e vista os despidos e esfarrapados", fui movido por uma poderosa força interior e rapidamente fui alcançar a desafortunada pessoa.
Ela estava vestindo somente o que se pode descrever como trapos, farrapos mesmo, e carregando seu "tesouro" em duas sacolas de plástico... Meu coração foi tocado pela condição precária desse ser humano desafortunado.
Sim, onde muitos só viam trapos, vi um ser humano de verdade!
Então, uma pequena voz dentro de minha cabeça ficou martelando:
... alcance essa criatura de Deus, fale com ela!
Toque-a com brandura e ofereça ajuda!
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