11 janeiro, 2011

Acidentes com RMN

A tecnologia da ressonância magnética nuclear (RMN) está sendo cada vez mais aplicada na medicina pela riqueza de detalhes das imagens (em muitas situações, fornece mais informações do que a tomografia computadorizada), pela sua segurança (por não emitir radiação ionizante e, por conseguinte, não causar efeito prejudicial conhecido à saúde) e pela sua capacidade de realizar ensaios dinâmicos quanto ao funcionamento do corpo humano (como a RMN no cérebro).
Como qualquer tecnologia também apresenta seus inconvenientes. Um deles é que os aparelhos de RMN são basicamente ímãs gigantescos e superpotentes (capazes de criar campos magnéticos de 15.000 a 100.000 vezes maiores do que o da Terra). Por isso, é absolutamente proibido haver qualquer objeto metálico ferromagnético na sala de RMN, durante o funcionamento do aparelho.
Deixando-se um desses objetos na sala, podemos imaginar o que possa acontecer. Mas o vídeo, a seguir, dá uma ideia melhor sobre a catástrofe.



Especialmente dramático foi o caso (mencionado no vídeo) de uma criança nova-iorquina de 6 anos de idade. Morreu em uma sala de ressonância magnética como resultado do impacto brutal de um cilindro de oxigênio em sua cabeça. O objeto de natureza metálica havia sido introduzido no ambiente por uma anestesista que negligenciou o fato de ser ali uma sala de RMN. Cadeiras de rodas, enceradeiras e macas são outros objetos metálicos que já foram atraídos pelos poderosos ímãs dos aparelhos de RMN, causando danos variáveis a pacientes que estavam se submetendo a exames. Felizmente, há metais que não são atraídos por ímãs - como o titânio. Sendo não ferromagnético, o titânio tem sido muito utilizado na fabricação de dispositivos (marcapassos, stents, próteses etc) que são implantados em pacientes, os quais não estão sujeitos a esse risco na realização de exames de ressonância magnética.

5 comentários:

Nelson Cunha disse...

A notícia da morte acidental dessa criança me pareceu inverídica diante da experiência com a melancia. Pela lei de Coulomb, a intensidade da força magnética é inversamente proporcional ao quadrado da distância.Um cilindro de gás em algum lugar na sala estaria,portanto, fora da distância crítica mostrada no vídeo do youtube.

Paulo Gurgel disse...

A mim faz sentido. Um equipamento que cria um campo magnético poderosíssimo pode perfeitamente atrair para o seu interior um objeto ferromagnético que esteja nas proximidades.
A reportagem que fala da morte acidental de uma criança numa sala de RMN foi publicado no ABCNews. Não acredito que seja falsa.
Confira no link abaixo:
http://abcnews.go.com/US/story?id=92745&page=1
Uma curiosidade: a hemoglobina não é ferromagnética. Se fosse, hein?

Nelson Cunha disse...

Na distância de 10cm, a força eletromagnética é 100 x menor. Com 100 cm seria 100.000 x menor e o vídeo mostra exatamente isto.Como a WEB é muito fantasiosa, estou ficando ranzinza com essas "notícias".
O ferro da hemoglobina realmente é muito pouco sensível ao magnetismo e curiosamente inverte de polaridade se está ligado ao oxigênio ou não.
Aproveito para lhe indicar um site:
www.5min.com
São vídeos de 5 minutos que ensinam vários truques para a vida diária.Essa é a parte boa da WEB.
Estou pensando ir a Fortaleza em março para comer tapioca por sua conta. Pago a cajuína. Promessa é dívida !

Paulo Gurgel disse...

Na distância de 10 cm a força eletromagnética é 100 x menor. Com 100 cm seria 10.000 x menor.
Diante de um campo eletromagnético na RMN que pode ser até 100.000 x maior do que o da Terra, acho que ainda sobra força para algum estrago.
Vou ver o site que você recomendou.
Oxalá possamos comer essas tapiocas em março. Com café vão melhor.

Nelson Cunha disse...

Boa correção, é mesmo 10 mil vezes. O espírito WEB ( exagero) baixou em mim.