06 abril, 2009

"É grego pra mim"

Quando um inglês  não entende a língua que alguém fala, desabafa: it's Greek to me. Numa repetição do que já acontecia nos antigos tempos shakespearianos (Julius Caesar, Ato I, Cena II).
O sueco, o norueguês, o espanhol e o português procedem também da mesma forma: "é grego para mim". Dizendo essa frase em seus idiomas nativos, obviamente.
Quanto ao grego, diante de uma fala que não compreende, tem como reação dizer que é árabe. 
O russo, o polonês e o húngaro apelam para o chinês. Que, por sinal, é a segunda opção para o espanhol e o português.
Já o romeno apela para o turco; este, para o francês; e este último, para o javanês - um idioma que só um homem ocidental "conhece" (o do conto "O homem que sabia javanês", de Lima Barreto). 
Todos, enfim, dispõem de uma língua preferencial para enquadrar a algaravia que não entendem. Pensando nisso, foi que o Strange Maps  elaborou um, digamos, mapa da incompreensão linguística.

Curiosidade
Nem aqueles que cultivam uma língua artificialmente construída escapam desse tipo de comportamento. Diante de um linguajar que não entendem, dizem os esperantistas: "é Volapük para mim".

26/01/2013 - Atualizando...
O link do Strange Maps não está funcionando.
Futility Closet, através da postagem Babel Fishing, apresenta uma versão para o "mapa da incompreensão linguística".

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