Consistia na exibição, em uma "teletela" (uma espécie de televisão que também filmava o telespectador), da imagem e da fala de Emanuel Goldstein, o líder exilado da oposição ao governo totalitário do Grande Irmão (Big Brother), juntamente com outros opositores do "Partido" (como era chamado o partido do Big Brother, o Ingsoc).
Durante aqueles dois minutos, as pessoas eram levadas a um estado de exaltação histérica, de muita raiva, de muito ódio, onde proferiam insultos e ameaças contra a imagem exibida na "teletela". Algumas vezes, os telespectadores partiam até mesmo para a agressão física contra o aparelho.
Panelaço no 1984 (vídeo adaptado)
O ódio ao PT..., por Glauber Ataíde, Perfeição
Prezada urna eletrônica,
Saudações, bom dia, sei que não és culpada, mas te reencontro neste domingo ainda ressabiado, com uma ressaca nada democrática, espero que compreendas o meu esperneio, sabes bem do que estou falando. Poxa, foi chato ver o meu voto virar pó naquela fatídica emboscada parlamentar iniciada pelo Eduardo Cunha e seus renegados bandoleiros, os mais rápidos do velho centro-oeste.
Sei que não tens culpa no cartório das conspirações e tampouco és calmante para os meus ressentimentos morais e cívicos. Ao te rever, porém, inevitável lembrar que a confiança em ti anda meio suspeitosa.
(continua)
Discussão de amor e ódio com a urna, por Xico Sá, El País
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