03 março, 2024

Choro, Patrimônio Cultural do Brasil

Executado por conjuntos de bandolim, flauta, violão 7 cordas, pandeiro, cavaquinho e clarinete, em rodas por todo o país, o choro agora é Patrimônio Cultural do Brasil. A decisão do registro deste gênero musical genuinamente brasileiro foi tomada na última quinta-feira (29), por unanimidade, pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Atualmente, além do choro, o Brasil tem outros 52 bens imateriais registrados como Patrimônio Cultural pelo Iphan, entre os quais o frevo, o samba, a roda de capoeira e o maracatu.
De acordo com o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, o gênero teria nascido em 1870, na cidade do Rio de Janeiro, especificamente, em rodas de música nos bairros de Cidade Nova, Catete, Rocha, Andaraí, Tijuca, Estácio e nas vilas do centro antigo. E o termo choro, segundo o Iphan, viria da maneira chorosa de se tocar essas músicas, que seus apreciadores chamavam de "músicas de fazer chorar".
O choro conta com nomes de artistas que contribuíram para a sua popularização e preservação ao longo dos anos. Entre os nomes mais famosos por trás de suas melodias estão Joaquim Callado, Chiquinha Gonzaga, Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho e os contemporâneos Paulinho da Viola, os irmãos Hamilton de Holanda e Fernando César, além de Reco do Bandolim, presidente do Clube do Choro de Brasília, fundado em 1977, e que criou, também em Brasília, a Escola Brasileira de Choro Raphael Rabello, a primeira do gênero em todo o país.
Fonte: Agência Brasil (c/ acréscimos)


"Um a Zero", de Pixinguinha e Benedito Lacerda, interpretada por Fábio Torres, no piano, Paulo Paulelli, no contrabaixo, Edu Ribeiro, na bateria, Nailor Proveta, no clarinete, e Hamilton de Holanda, no bandolim (2017).

Nenhum comentário: