Foi num violão também que nasceu "Águas de Março". Debruçado nele, Tom Jobim tomava as primeiras anotações num papel de embrulho de pão. Estava numa casinha de pau-a-pique, num lugar chamado Poço Fundo, no estado do Rio de Janeiro, onde costumava passar finais de semana, enquanto sua nova casa estava sendo construída. Essa história, contada em detalhes por sua irmã Helena no livro "Um Homem Iluminado", aconteceu em março de 1972.
Certa vez, a caminhada da dupla na mata ao redor do Palácio do Catetinho é interrompida por um estranho som de água. Ao procurar o vigia encontram um candango espantado com a "ignorância" dos homens da cidade, "Cês não sabem, não? É água de beber [água potável], camará". A divertida resposta se tornou o sucesso da Bossa Nova "Água de Beber", que viria a ser regravado por artistas como Sergio Mendes, Al Jareau e Frank Sinatra.
[1] Extraído de: O violão jobiniano, por Alessandro Soares
[2] Água de Beber, no site Caixote
[3] Water to Drink (vídeo) - Osaka Jazz Channel


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