Trata-se de um jogo em que o jovem Beethoven perde suas partituras das formas mais curiosas.
Cabendo ao internauta reunir as páginas soltas de cada partitura, na ordem correta, para que as músicas a que se referem (trechos da Quinta Sinfonia, Für Elise, Sonata ao Luar e Ode à Alegria) sejam executadas como foram compostas.
Artisticamente, Beethoven simboliza a transição entre o Classicismo de Mozart e Haydn e a chegada do Romantismo de Mendelssohn, Brahms e Schubert. A música deve a ele não apenas o seu talento genial e um repertório excepcional em obras sinfônicas, para piano e para orquestra de câmara, mas também, e acima de tudo, o fato de ter servido como modelo para o artista moderno que administra a sua própria obra. Beethoven, que viu como Mozart morrera endividado e maltratado pelos que antes o aclamavam, conseguiu com sua obra uma autonomia que lhe permitiu controlar a edição das suas partituras. É o primeiro grande caso em que o artista não se submete ao gosto do público endinheirado para comer, vivendo, em vez disso, da sua música, administrada por ele mesmo e criada em liberdade.
Miguel Pérez Martín, El País
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