O dono de um circo, em passagem por essa cidade, sabendo quão religiosa era sua comunidade, resolveu encenar a Paixão de Cristo na Sexta-Feira Santa.
O elenco foi escolhido dentre os moradores locais e, no papel pincipal - de Jesus Cristo -, colocaram o cara mais "gato" da cidade.
Os ensaios iam de vento em popa, quando, às vésperas do evento, o dono do circo soube que "Jesus" estava de caso com sua mulher.
Ficou furioso, mas percebeu que não podia fazer escândalo (pois iria por a perder o trabalho e o investimento que fizera para montar a peça).
Pensou, pensou, pensou…
Na véspera do espetáculo, comunicou ao elenco que iria participar… fazendo o papel de um centurião!
- Mas como? – reclamaram todos – Você não ensaiou!
- Não é preciso ensaiar, porque centurião não fala!
(Mesmo sem gostar, o elenco teve que aceitar, afinal, o cara era o dono do espetáculo.)
Chegou o grande dia. E a cidade em peso compareceu.
No momento mais solene, a plateia entrou em profundo silêncio…
Jesus carregando a cruz… e o "centurião" a dar-lhe chicotadas.
De verdade.
- Pô, cara, ta machucando! - reclamou "Jesus", em voz baixa.
- É para dar mais realismo à cena, devolveu o "centurião".
E tome mais chicotada… Lept, lept, lept, o chicote comendo solto no lombo do infeliz.
Até que "Jesus" que já reclamara bastante, enfureceu-se de vez, largou a cruz no chão, puxou uma peixeira e partiu para cima do "centurião":
- Vem, desgraçado! Vem cá que eu vou te ensinar a não bater num indefeso!
O "centurião" a correr, e "Jesus" com a peixeira correndo atrás. E a plateia, em delírio, gritando:
- É isso aí! Fura ele, Jesus! Fura ele que aqui é Ceara …não é Jerusalém, não!”
Fontes: Sosvip, diHITT, Sr. buXada...
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