FILOSOFIA DE TURISTASentar no meio-fio quando estiver cansado, andar de sandálias na rua, tirar da mala a camisa polo e a bermuda amassada para vesti-la incontinenti, chupar um picolé caminhando. São os prazeres que as férias nos proporcionam. Afinal, estamos longe de casa e ninguém repara na deselegância do anônimo.
Andar como um vagabundo, dormir e comer como um rei é minha filosofia de turista. Manejar a língua do lugar – mesmo com pouca destreza- é ferramenta indispensável para puxar conversa e sentir-se um sapo na lagoa. Não fui ainda ao Oriente porque minha inteligência é minúscula para aprender aqueles hieróglifos.
Passo longe das empresas de turismo que nos enfiam num ônibus lacrado para desfilar por uma cidade da qual não sentimos nem o ruído nem o cheiro. É como assistir a um audiovisual. Comida sem tempero, caldo de arroz sem sal. A internet é ferramenta maravilhosa para explorar o mundo por sua conta e risco. Mergulhe na história, costumes e idioma do lugar a ser visitado. Só então viaje.
NJC
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