Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek quem os incentivou a pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Estado de Minas Gerais, Dorália encontrou uma explicação provavelmente confiável.
Os Inconfidentes mineiros, patriotas, mas considerados subversivos pela Coroa Portuguesa, comunicavam-se através de senhas para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões, e sendo quase todos de origem maçônica, recebiam os companheiros com as três batidas clássicas da Maçonaria nas portas dos esconderijos.
Lá de dentro, perguntavam:
Quem é?
E os de fora respondiam: UAI – as iniciais de União, Amor e Independência.Só mediante o uso dessa senha a porta era aberta aos visitantes.
Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas.
(repassado por Germano Gurgel)
+ etimologias fantasiosas para UAI
A origem estaria na fusão das interjeições upa + oi + ai, que aparecem assim juntas, no romance "Sagarana", do escritor mineiro João Guimarães Rosa. Compare-se com o "opaió" (olha para ali, olha) dos baianos.
É também atribuída ao convívio de mineiros com ingleses ao tempo da Imperial Brazilian Mining Association. E a interjeição mineira teria se originado do britânico why? (por que?), ao qual guarda semelhanças fonéticas e semânticas.
- Uai é uai, uai!
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