03 janeiro, 2012

Rio de Janeiro, fevereiro e março

Apreciemos alguns depoimentos sobre o Rio de Janeiro, extraidos do texto de Frederico de Morais no Catálogo de Soraia Cals para o leilão de maio de 2011:

A - Pero Lopes de Souza relatando a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1531:
Toda a terra deste rio he de montanhas e serras muy altas. As melhores águas há neste rio que podem ser.
B - Dezoito anos depois Tomé de Souza em carta ao rei assim se expressava:
Mando o debuxo dele a V.A., mas é tudo graça o que dele se pode dizer. Parece-me que V.A. deve mandar fazer ali uma povoação honrada e boa.
E foi o que Estácio de Sá fez ao chefiar a armada, destinada a expulsar os invasores franceses e seus aliados tamoios, que desembarcou no sopé do Pão de Açucar em 1º março de 1565.
C - De Darwin, ao aportar no Rio em sua histórica viagem de circunavegação (1831-1836) a bordo do Beagle :
À distância, todas as cores se fundem num fosco admirável. As formas e as cores excedem tanto, em magnificência, tudo que o europeu viu em seu país, que faltam expressões para dizer o que sente.
D - Leo Putz, pintor alemão que esteve no Rio no ano de 1931, a convite de Lúcio Costa, quando integrou o corpo docente da Escola Nacional de Belas-Artes, e que assim se manifestou:
Descrever em palavras é impossível. A primeira impressão foi de êxtase.
E - De Lasar Segall, que escreveu ao amigo Will Grohmann em sua passagem pelo Rio em dezembro de 1923:
Luz, muita luz. Tudo dá a impressão de ter sido criado para um dia, para um dia feliz.


Postado em Itapiúna - CE

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