Na mitologia grega, Sísifo era filho do rei Éolo. Por astúcias cometidas, foi condenado por Zeus a levar uma rocha até o alto de uma montanha. Eternamente, pois toda a vez que o topo da montanha era quase alcançado, a rocha rolava de volta ao ponto de partida. O que obrigava o condenado a ficar repetindo a sua escalada com a rocha, ad aeternum.
Nos dias de hoje, estaria cumprindo alguma pena alternativa. Como:
malhar em ferro frio
dar nó em pingo d’água
escovar urubu até ficar branco
chupar parafuso até virar prego
enxugar gelo com toalha quente
procurar agulha em palheiro
carregar mala sem alça
embrulhar velocípede
dar murro em ponta de faca
descascar abacaxi com o nariz
cercar capote em campo aberto
botar suspensório em cobra
pingar colírio em olho de chinês
subir em pau de sebo
massagear porco-espinho
trocar pneu com o carro andando
devolver pasta para o tubo
abanar carvão molhado em churrasco
montar touro mecânico até cansar (o touro)
etc
Pensando bem, não seria o caso de Sísifo abreviar o nome para Sifu?
Um comentário:
CASO DE SÍSIFO
Maravilha de post, Dr. Paulo.
O texto terá muita serventia em minhas palestras.
Um grande abraço
AS
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