22 julho, 2016

A síndrome de Poliana


"Pollyanna" é uma comédia de Eleanor H. Porter, publicada em 1913 e considerada um clássico da literatura infanto-juvenil.
A protagonista Pollyanna é uma menina de onze anos que, após a morte dos pais, se muda de cidade para ir morar com uma tia rica e severa que não conhecia anteriormente. No seu novo lar, passa a ensinar, às pessoas, o "jogo do contente" que havia aprendido de seu pai. O jogo consiste em procurar extrair algo de bom e positivo em tudo, mesmo nas coisas aparentemente mais desagradáveis.
O livro fez muito sucesso e Eleanor, em 1915, publicou uma continuação da história chamada "Pollyanna Grows Up" (no Brasil, "Pollyanna Moça"). Mais onze Pollyannas se seguiram, escritas por outros autores.
Na programação neurolinguística, o livro "Pollyanna" é utilizado como treinamento de "ressignificação de conteúdo", através do qual a pessoa aprende a mudar sua interpretação dos acontecimentos cotidianos, aprendendo a enfatizar o lado positivo e agradável dos fatos, tal como a protagonista faz com o seu "jogo do contente".
"Essa forma de ver a vida, porém, levou especialistas a identificarem a síndrome de Poliana, que nada mais é do que uma fuga da realidade, na medida em que o mundo não é tão "cor-de-rosa" assim, como Poliana vê, em suas façanhas. Algumas pessoas assim enxergam o mundo, e no seu emaranhado de situações e de emoções, agem, ingenua e inconsequentemente. Criam uma realidade distorcida e vivem a sua brincadeira, arrastando consigo um batalhão de admiradores, também ingênuos, ou interesseiros aproveitadores."
O mundo não foi, nem é como Poliana sonharia. Algum dia será?

Um comentário:

lucianohortencio disse...

Ao conterrâneo Paulo Gurgel, com votos de FELIZ 2017!

https://www.youtube.com/watch?v=B3V1-Ve4iSE