Este é o grande problema na ciência que ninguém gosta de falar a respeito: mesmo uma pessoa honesta é um mestre do auto-engano. Nossos cérebros evoluíram, há muito tempo nas savanas africanas, onde chegar a conclusões plausíveis sobre a localização de uma fruta madura ou a presença de um predador eram questões de sobrevivência. Mas uma estratégia inteligente para escapar de leões não necessariamente se aplica bem a um moderno laboratório, onde o desafio pode ser enfrentar a análise de terabytes de dados multidimensionais. No ambiente de hoje, a nossa aptidão para tirar conclusões precipitadas torna fácil encontrar padrões falsos em aleatoriedade, ignorar explicações alternativas para um resultado ou aceitar os resultados "razoáveis" sem questioná-los - isto é, para que sejamos incessantemente enganados sem que o percebamos.
How scientists fool themselves – and how they can stop, por Regina Nuzzo, Nature, volume 526, edição 7572
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