José Eduardo Homem de Mello, mais conhecido como Zuza Homem de Mello, foi um musicólogo e jornalista brasileiro, especialista na história da Música Popular Brasileira.
Em 1957, frequentou a School of Jazz, em Tanglewood, EUA, onde teve aulas com Ray Brown e outros músicos. Em 1957-58, estudou musicologia na Juilliard School of Music, de Nova Iorque. A partir de 1958 passou a realizar palestras e cursos sobre Música Popular Brasileira e Jazz no Brasil e no exterior, tendo sido também jurado de alguns do mais importantes festivais de música no Brasil.Dirigiu e produziu discos, shows, turnês, programas de rádio e televisão, assinou artigos em jornais e revistas. Foi jornalista convidado dos mais importantes festivais mundiais de música — Montreux, Edimburgo, Nova York, New Orleans, Barbados, Paris, Midem de Cannes, Tóquio, Montreal e Perugia.
Em 2018, foi eleito para ocupar a cadeira n.º 17 da Academia Paulista de Letras.
Zuza morreu aos 87 anos, em 4 de outubro de 2020, em seu apartamento no bairro paulistano de Pinheiros, vitimado por um infarto agudo do miocárdio enquanto dormia. Na semana anterior, ele havia concluído uma biografia do músico João Gilberto.
Livros publicados
- Música popular brasileira cantada e contada (1976)
- A canção no tempo (dois volumes, em coautoria com Jairo Severiano (Editora 34, 1997-98)
- João Gilberto (Publifolha, Coleção Folha Explica, 2001)
- A Era dos Festivais (Editora 34, 2003)
- Música nas veias:memórias e ensaios (Editora 34, 2007)
- Eis aqui os bossa nova (WMF Martins Fontes ,2008)
- Música com Z (Editora 34, 2014)
- Copacabana: a trajetória do samba-canção (Editora 34 e Edições Sesc, 2017)
Uma nota pitoresca na apresentação de "Disparada" foi a utilização de uma queixada de burro como instrumento de percussão. A novidade, descoberta por Airto Moreira numa loja em Santo André, emprestou maior rusticidade ao acompanhamento, além de evocar uma visão forte de um sertão assolado pela seca. Zuza Homem de Mello recorda o sucesso da queixada. Era incrível como um instrumento sem ressonância (a "ressonância" ficava por conta dos dentes frouxos da queixada) pudesse fazer um som tão alto.
O sertão e a cidade
Assim, nada havia de inédito quando, em agosto daquele ano, "Chega de saudade" era lançada pela terceira vez, agora no disco de estreia de João Gilberto – nome desconhecido do grande público mas já admirado em alguns círculos musicais do Rio de Janeiro. O single lançado pela EMI-Odeon trazia ainda, no lado B, "Bim bom", de autoria do próprio cantor.
Os motivos pelos quais esta gravação seria louvada mundo afora e marcaria o início da Bossa Nova é o que você confere nesta reportagem do Nocaute, que traz depoimentos de Rosa Passos, Zuza Homem de Mello e Luiz Tatit.
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