30 abril, 2017

A máquina de fazer nada

Em 1948, o relojoeiro aposentado Lawrence Wahlstrom adquiriu uma relíquia da II Guerra Mundial, que tinha um complicado sistema de engrenagens, e restituiu-o à operacionalidade. Ao longo de um período de 15 anos, ele passou a adicionar mais engrenagens ao objeto - numa média de 50 adições a cada ano. Saiu-se tão bem nesse passatempo que, até hoje, o número total de peças da máquina não é conhecido.
Em 1954, a Popular Mechanics escreveu:
"Nós todos sabemos de alguém que consegue trabalhar mais fazendo nada do que a maioria daqueles que trabalham fazendo alguma coisa, mas possivelmente não sabemos de qualquer coisa que trabalhe mais fazendo nada do que essa máquina construída por um hobbyist da Califórnia."
A máquina tem mais de 700 peças que giram, torcem, oscilam e interagem - tudo para nenhum propósito, exceto o movimento ".


2 comentários:

SLago disse...

Deveria ter um sentido para o relojoeiro construir algo tão complexo, se não não construiria..gostava com certeza de lhe dar com peças. O que é importante para uma pessoa, para tão insignificante para outra, se vc n respeitar o que apaixona e move o outro, o próximo... sou mais tentar colocar peças para além de mim, muitos outros e outras tenham um mundo melhor. Algo que envolve a engrenagem chamada gente.
Legal a sua publicação, além de trazer um fato curioso, da um bom debate.

Paulo Gurgel disse...

Seja qual for o sentido, ele tem a paciência de um relojoeiro.
Grato pelos comentário enviado, Slago.