No século 19, passear no necrotério de Paris chegou a ser uma diversão popular para homens, mulheres e crianças. Junto com a Torre Eiffel e as Catacumbas (com seus ossários), a morgue da cidade alinhava-se entre os monumentos mais visitados de Paris.
Era organizado em duas partes, separadas por uma divisória de vidro. Na primeira, ficavam os cadáveres refrescados por correntes de água (os equipamentos de refrigeração só foram instalados em 1897). E, na segunda, aconteciam os desfiles públicos.
A exposição pública dos corpos tinha uma finalidade administrativa clara: a identificação e o reconhecimento das vítimas de morte violenta. Mas a visita ao necrotério era motivada principalmente pela curiosidade mórbida das pessoas em ver a morte e os corpos, sobretudo por que estes eram expostos despidos.
Em 1907, um decreto moral do prefeito Lépine fechou as portas do necrotério para o público. Depois de uma forte campanha promovida pelos ativistas do "higienismo moral".
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