Cada operador de torre, através de um telescópio, acompanhava o que acontecia na torre mais próxima para reproduzir os símbolos em sua estação. E um símbolo podia passar por 15 estações, cobrindo uma distância de 120 quilômetros, em apenas 9 minutos.
Em "O Conde de Monte Cristo" o sistema fez uma aparição:
"Eles passaram para a terceira história na sala do telégrafo. Monte Cristo olhou para o ferro das duas alças que faziam a máquina trabalhar. ‘É muito interessante’, disse ele, ‘mas deve ser chato viver aqui’.
‘Sim. No início fiquei com o pescoço apertado de olhar para ela, mas, ao fim de um ano, eu me acostumei. E, depois, temos as nossas horas de lazer e os nossos feriados'.
‘Feriados?’
‘Sim.’
‘Quando?’
‘Quando temos um nevoeiro.’
Esse sistema, que se expandiu a uma rede de 534 estações, funcionava bem, mas era caro. Necessitava de operadores qualificados, em torres instaladas a cada 10 a 30 quilômetros, e as mensagens transmitidas estavam longe de ser confidenciais. Em 1880, essa forma de telégrafo aéreo funcionou pela última vez na Suécia. Quando Chappe, deprimido e convicto de que outros queriam roubar suas idéias, há muito tempo já havia se suicidado. Mas foi o telégrafo elétrico que deu o tiro de misericórdia em seu invento. PGCS
The Mechanical Internet, Futility Closet
Nenhum comentário:
Postar um comentário