23 julho, 2011

Bicicletas livres

  
por Fernando Gurgel Filho

Outro dia ouvi falar de um livro de ficção que descrevia uma cidade onde os carros não tinham dono. Os carros simplesmente ficavam parados onde o usuário o deixava e, se alguém precisasse, podia usá-lo livremente. Não sei quem era o responsável pela manutenção, conserto ou abastecimento, mas a idéia é original e bastante atraente.
Pouco depois, vi a notícia que a prefeitura de Paris inaugurou um sistema parecido. É um sistema de aluguel de bicicletas em pontos espalhados por toda a cidade. O ciclista aluga a bicicleta em um lugar e pode deixar em outro.
A prefeitura se encarrega de manter o número equilibrado em cada ponto, devolvendo as bicicletas para os lugares que porventura fiquem com déficit de bicicletas. E o usuário não precisa se preocupar pois, ao retornar, poderá alugar outra bicicleta e deixá-la no local de destino.
Parece que por lá as coisas têm funcionado. São mais de dez mil bicicletas rodando nas ruas de Paris e a prefeitura promete colocar mais dez mil nas ruas até o final do ano.
Não sei se por aqui a coisa funcionaria. Talvez fosse necessário repor umas mil por dia. Talvez a necessidade de controle tornasse o custo proibitivo, mas creio que é uma boa idéia.
A Universidade de Brasília parece que tentou fazer algo parecido, mas as bicicletas tinham uma estranha mania de sumir. Não se sabe se as bicicletas não gostaram dos alunos ou se os alunos gostaram demais das bicicletas e resolveram "adotá-las" para sempre. Fora do campus, claro.

Do editor para o colaborador:
A foto abaixo fornece alguma pista sobre o sumiço das bicicletas?


Postagens relacionadas:
Casamento ou bicicleta?, Um (b)elo achado, A Lua e as marés, Bicicultura, Bicicleta e automóvel e Novas frentes.

Nenhum comentário: