Ocuparia "Peixe Vivo" essa posição de destaque entre as preferências musicais do "Presidente Bossa Nova"?
No fórum "O que Tom Jobim e Vinicius de Moraes têm a ver com Brasília?", em curso no Portal Luís Nassif, um de seus participantes, Marco Fernando, relatou o seguinte:
Em uma dessas aventuras, ocorrida em fins dos anos 60, o filho mais ilustre da cidade, Juscelino Kubitschek, encontrava-se lá por acaso, e alguns jornalistas sugeriram uma fotografia dos jovens artistas com o Presidente (veja ao lado). Para criar um "clima" durante a sessão de fotos, foi sugerido que Milton cantasse algo dedicado a Juscelino. Gentilmente então, o Bituca perguntou ao Presidente o que ele gostaria de ouvir. Em resposta, Juscelino puxou-o pelo braço e cochichou algo a seu ouvido e, a seguir, cantou-se uma música qualquer, as fotos foram tiradas, e o Presidente foi embora. Não parecia que a música executada fosse conhecida do Presidente, e todos queriam saber do Bituca que diabos ele havia falado a seu ouvido. Em meio a uma generalizada gargalhada, ficou-se sabendo então que ele dissera: 'Por favor, toque qualquer coisa menos o Peixe Vivo. Não sei quem espalhou por aí que gosto dessa música, e eu não agüento mais ouvi-la.' Portanto, as afirmações quanto ao gosto musical do Presidente contidas no texto acima não devem ser levadas a sério."
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A música "Presidente Bossa Nova", do menestrel Juca Chaves, teve problemas com a a censura que foram resolvidas pelo próprio Juscelino. E, a pedido deste, Tom e Vinicius compuseram em homenagem a Brasília a "Sinfonia da Alvorada", mais tarde conhecida como a "Sinfonia de Brasília" (vídeo).
JK visto por NC (post scriptum)
Paulo,
"Conheci Juscelino pessoalmente em 1973. Eu estava esperando embarcar para Belo Horizonte, Aeroporto Santos Dumont, quando vi o ex-presidente sentado no saguão de espera interno. Ele havia tirado os sapatos e esticado as pernas, hábito já repetidas vezes veiculado pela imprensa, como pude testemunhar. Fui até lá, e sem pedir licença, sentei ao seu lado, já puxando assunto. - Presidente, quero lhe dizer que meu pai é seu fã e não me perdoaria se o visse e não trocasse meia dúzias de palavras com o senhor. Ele então, abriu um sorriso e perguntou de onde eu era. Respondi que era residente na Santa Casa e ia para João Monlevade. Ele então, sem esforço de memória, mandou um abraço para o professor Silvio Abreu Fialho e em Monlevade para o dono de um bar, o Germin. Como vê, cassado, censurado, aproveitava qualquer momento para exercitar a simpatia do político bom de voto."
Nelson Cunha (por e-mail)
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