Tem um bicho que a preguiça chegou ali, parou. A ficha dele: mamífero desdentado, da família dos bradipodídeos e que atende pelo nome de preguiça. Aliás, não atende. Gritar "ei, preguiça" e aguardar que ele dê a mínima... é tempo jogado fora. O bicho, caso um mau movimento o ponha sentado sobre os bagos, vai ter uma enorme dificuldade para se livrar da situação. Mas... conjeturo eu que, em vez de chão (que lhe criaria o problema descrito), a preguiça é parada mesmo numa árvore. Em cujos galhos (onde também encontra as folhas de que se alimenta) deixa-se pender horas e horas, indiferente ao desassossego do mundo.
Um zoológico que se preze tem de ter pelo menos uma preguiça no plantel. E bem tratada, hein, para que nunca bata o prego. Como isso, entretanto, apesar de todos os cuidados nem sempre é possível, então o zoológico tem de ter a alternativa. Um "aspone" (recrute-se da administração pública) que substitua a preguiça até que apareça outra da espécie. Sabem como é, a preguiça é um espetáculo - em slow-motion - que não pode parar. E do "aspone", além de ser um substituto, deve-se ainda exigir que seja um PHD (passe as horas dormindo).
Pois é, a preguiça... vida boa, não quer pressa. Lembro-me agora de alguém que, indagado a respeito de que se ocupava, assim respondeu: "levo algodão nas costas". Esclarecendo, a seguir, de que algodão estava a se referir. Era o algodão de "uma boa rede cearense", na qual ele, um homem pouco afeito ao trabalho, gostava de preguiçar em suas horas de ócio (que não eram poucas).
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Um comentário:
Boa noite Paulo.
Ontem eu estava bem para este bicho preguiça.
Esta é uma crônica qual a gente nunca vai ter preguiça para ler, pois tem conteúdo.
Este caipira tem quase tudo de baiano.
Chegara deseja r um terremoto para arrancar as batatas isso que era preguiçoso.
Ótima crônica adorei ler.
Deixando um abraço afetivo.
Da amiga sempre.
ClaraSol
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