No que se refere à tosse, registra-se, porém, a nítida melhora do quadro. A partir do muito que se tem investigado sobre as causações dela. E, assim, a medicina já mostra, nos últimos tempos, apreciáveis avanços no sentido de debelar o incômodo sintoma. Máxime, quando consegue curar a doença que ocasiona a tosse. Quem já teve, por exemplo, uma bronquite na qual o rir é substituído pelo tossir, é que sabe valorizar essa conquista da medicina. E pensar, ilustre passageiro, que tudo começou com o Rhum Creosotado...
Mas, voltemos ao escritor paulista. Inconformado com a existência de uma definição - realmente satisfatória - para a questão do humor, que fez ele? Formulou uma, inteiramente pessoal, valendo-se do chamado método peripatético. Trocando em miúdos, aliás, porque estava sem eles, Lobato dispensou o ônibus habitual. E pôs-se a andar, andar, andar... enquanto matutava. Assim foi que, ao cabo de 6.201 passos, chegou a esta genial (porque simples) noção. "Humor é a maneira imprevisível, certa e filosófica de ver as coisas." Repare que cada adjetivo qualificador custou 2.067 passos, o rendimento do método.
Ele, melhor que Taine, Bergson e Freud, autores de ensaios clássicos sobre o assunto, foi quem solveu o problema conceitual do humor. E fê-lo numa linguagem clara, objetiva e derradeira, dando quinau nos espíritos sedentários (adeptos já naquela época do vale-transporte). Acredito mesmo que a concepção lobateana para o humor possa ser ilustrada por uma velhíssima anedota. Aquela sobre a diferença entre o gato, o tijolo e a família, cuja resposta consiste em atirar os dois primeiros numa parede. Pois "o que miar será o gato".
Prossiga a leitura dessa crônica no Preblog.
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