16 agosto, 2008

Proemial (1ª parte)

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Há janelas abertas no telhado por onde entram luzes. Do sol, da lua e das estrelas. Quando::: Actéon ousa ver Diana, a Caçadora. Ela, porém, encontrando-se desvestida, não gosta e faz mágica má. Act contínuo, Éon vira cervo e é perseguido por feroz matilha. Morre. Cervo ou servo, Lady Di não o quis. E, para gregos, romanos e bárbaros, expli::: citou::: que o banho de uma deusa é (para ser) indevassável.
(O vate o que mora numa água-furtada - há janelas abertas etc - sabe esta e outras estórias. Que sabem a plenilúnios.)

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O livre o desabrido. O que vigia dourados trigais. O que ninguém consegue pegar a unha NEM à espora - galo.
Quando o olho clarear será aurora.
E::: das cinzas faz-se a (outra) ave, desiludida tão. Recompondo-se como há séculos há seculórios aprendera de sacerdotes, em Mênfis.
É-lhe imanente a memoração. Porque os grilhões do DNA.
Ave, ave. Só a engenharia genética, um dia, vos dará as exatas asas para o vôo libertário.

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Como é bom tocar um clavicórdio! Aquele um.
Bailam Maries, Amandas e Yolandas. Bailam dançarynas de/os traços mais fugidios. Por seus rostos não se lhe adivinham as máscaras.
A dança é breve, é. Enquanto seu yang/sangue ferve por vós.
Cortai para::: uma cinelândia-fantasma de gentes que não dançam mais, que não dançam, que não, que::: a memória é urna cinerária.
Bye, bye larinas.

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