Para ser o nome de uma seção especializada em informática e internet este título seria um achado.
Mas soa a algo familiar, não é? Pelo menos para aqueles que, aí pelos anos 70, liam o Pasquim e que devem estar, neste momento, se lembrando do "Gip-gip, nheco-nheco". Uma coluna que o Ivan Lessa escrevia no destemido hebdomadário, com o concurso de vários cartunistas do Pasquim nas ilustrações.
O nome, pouco compreensível, fora tirado da letra de um xote que fazia sucesso na época. Para uma coluna que tinha uma fórmula imbatível, a dos aforismos sarcásticos. Eis dois deles: “Baiano não nasce, estréia.” “O brasileiro é um povo com os pés no chão – e as mãos também.” Como já disse alguém, eram “desaforismos” o que Ivan Lessa criava.
Enquanto o escritor “gipava”, os cartunistas do Pasquim (Jaguar, Henfil, Caulos ou Ziraldo) “nhecavam”. Até o dia em que ficou decidido ser apenas o Redi o que cuidaria das ilustrações. Porque, segundo o próprio Ivan Lessa, era “quem dava mais liga”.
Em 1990, a Escola de Samba Acadêmicos da Santa Cruz desfilou no carnaval carioca com o enredo "Os Heróis da Resistência". Uma homenagem ao Pasquim e, por extensão, aos órgãos congêneres pela luta democrática que haviam empreendido durante os chamados anos de chumbo do Brasil.
Assistam ao vídeo do samba-enredo da Santa Cruz daquele ano.
Mas soa a algo familiar, não é? Pelo menos para aqueles que, aí pelos anos 70, liam o Pasquim e que devem estar, neste momento, se lembrando do "Gip-gip, nheco-nheco". Uma coluna que o Ivan Lessa escrevia no destemido hebdomadário, com o concurso de vários cartunistas do Pasquim nas ilustrações.
O nome, pouco compreensível, fora tirado da letra de um xote que fazia sucesso na época. Para uma coluna que tinha uma fórmula imbatível, a dos aforismos sarcásticos. Eis dois deles: “Baiano não nasce, estréia.” “O brasileiro é um povo com os pés no chão – e as mãos também.” Como já disse alguém, eram “desaforismos” o que Ivan Lessa criava.
Enquanto o escritor “gipava”, os cartunistas do Pasquim (Jaguar, Henfil, Caulos ou Ziraldo) “nhecavam”. Até o dia em que ficou decidido ser apenas o Redi o que cuidaria das ilustrações. Porque, segundo o próprio Ivan Lessa, era “quem dava mais liga”.
Em 1990, a Escola de Samba Acadêmicos da Santa Cruz desfilou no carnaval carioca com o enredo "Os Heróis da Resistência". Uma homenagem ao Pasquim e, por extensão, aos órgãos congêneres pela luta democrática que haviam empreendido durante os chamados anos de chumbo do Brasil.
Assistam ao vídeo do samba-enredo da Santa Cruz daquele ano.
Com o refrão:
“Gip, gip, nheco, nheco
Por favor, não apague a luz!
Goze desta liberdade
Nos braços da Santa Cruz.”
E com a explicação sobre o “não apague a luz” do refrão:
É uma referência a uma das frases que Ivan Lessa criara (“O último a sair apague a luz do aeroporto.”), em resposta a um slogan da ditadura militar (“Brasil, ame-o ou deixe-o.”).
Agora, que faz Ivan Lessa? Escreve uma coluna no website da BBC, em Londres onde vive.
Um comentário:
G.r.e.s. Acadêmicos De Santa Cruz - Santa Cruz, 1990 - Os Heróis da Resistência
Oh! Divina luz que nos conduz
Com bom humor e irreverência
Hoje ninguém vai nos "gripar"
Somos os heróis da resistência
Vamos "pasquinar", recordar
Sorrir sem censura
Botar a boca no mundo, buscar bem fundo
Sem a tal da ditadura
Soltavam as bruxas, o pau comia
De golpe em golpe, quanta covardia!
Venha com a gente, povão
Abra o seu coração
Para o Pasquim, o "pequenino imortal"
Simbolizado pelo sacana ratinho
Mesmo bombardeado, virou paixão nacional
Aí, na palidez da folha
Imprimimos personagens geniais
Lindas mulheres espelhando nossas páginas
Ipanema foi o centro cultural
Hoje, essa história é carnaval
Gip, gip, nheco, nheco
Por favor não apague a luz!
Goze desta liberdade
Nos braços da Santa Cruz
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