27 maio, 2007

“Natural do Rio de Janeiro”

No Prêmio Tim de Música o homenageado deste ano foi o sambista Zé Keti. Como ficou conhecido o cidadão José Flores de Jesus (1921 – 1999), o cronista dos morros do Rio de Janeiro, a cidade em que nasceu e viveu o sambista.
Uma homenagem póstuma, merecida. Veja quem deve (muito!) a Zé Keti:
A MPB – Por haver feito belas canções como Diz que Fui por Aí (se alguém perguntar por mim / diz que fui por aí), Nega Dina (eu já ando assustado, sem um paradeiro / sou um marginal brasileiro), imortalizadas nas vozes de Nara Leão e Elis Regina, e muitas outras. E por haver criado o conjunto musical A Voz do Morro, que revelou importantes compositores como Paulinho da Viola e Elton Medeiros.
O Carnaval – Como integrante da ala de compositores da Portela, escola que homenageou com a música Jaqueira da Portela (acompanhou as nossas glórias / nossas vitórias / em idos carnavais). E por haver composto Máscara Negra (eu sou aquele pierrô / que te abraçou / e te beijou meu amor) e outros grandes sucessos do carnaval brasileiro.
O Cinema Novo – Que veiculou músicas suas como, por exemplo, A Voz do Morro (eu sou o samba / a voz do morro sou eu mesmo, sim senhor) e Leviana (o azar é seu / em vir me procurar), em Rio, 40 Graus, e, ainda, Malvadeza Durão (mais um malandro fechou o paletó / eu tive dó), em Rio, Zona Norte, filmes do cineasta Nelson Pereira dos Santos.
O Teatro – Com o espetáculo Opinião que, intercalando textos e canções de denúncia social, arrebatou platéias no ano de 1964. Do espetáculo, que era exibido no Teatro de Arena do Rio, além de Zé Kéti, com Opinião (que eu não mudo de opinião / daqui do morro eu não saio não), Acender as Velas (quando não tem samba / tem desilusão) e outras canções, participavam: João do Vale, o autor de Carcará, e a cantora Nara Leão, que foi depois substituída por Maria Bethânia.



Diz que Fui por Aí, interpretada por Zé Kéti. Para ouvir, clique aqui.

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