por Jim Robbins
Estamos avançando pela era geológica Antropoceno, na qual deverá ocorrer a sexta extinção em massa na história do planeta. Um estudo recente publicado no periódico "Science" concluiu que as espécies existentes no mundo hoje estão desaparecendo em uma velocidade mil vezes maior que o ritmo natural de extinção. Segundo pesquisadores, em 2100, entre um terço e metade de todas as espécies da Terra poderá estar extinta.Em consequência disso, está havendo um aumento nos esforços para proteger espécies, e governos, cientistas e organizações sem fins lucrativos tentam construir uma versão moderna da Arca de Noé. A nova arca certamente não terá a forma de um grande barco, e sim de uma série de medidas, incluindo migração assistida, bancos de sementes, novas reservas ecológicas e corredores de deslocamento baseados nos possíveis lugares para onde as espécies irão migrar.
As questões envolvidas são complexas. Que espécies deverão ser salvas? Aquelas mais ameaçadas de extinção ou as que têm maior chance de sobreviver? Animais carismáticos, como leões, ursos e elefantes, ou os mais úteis para nós?
Formada em 2012 pelos governos de 121 países, a Plataforma Intergovernamental de Serviços de Biodiversidade e Ecossistemas (IPBES, em inglês) é uma iniciativa que visa a proteger e a restaurar espécies em áreas selvagens e resgatar outras, a exemplo das abelhas, que desempenham funções vitais para os ecossistemas habitados por humanos. Cerca de três quartos da produção mundial de alimentos dependem basicamente das abelhas. [...]
Building an Ark for the Anthropocene, The NYT
Legenda traduzida por PGCS |
A Arca de Noé da Embrapa
O novo Banco Genético da Embrapa localizado em Brasília/DF pode ser comparado a uma Arca de Noé e possui uma característica importante: pela primeira vez no Brasil, as pesquisas de recursos genéticos de plantas, animais e microrganismos estarão reunidas em um só espaço. O país é rico em recursos genéticos e sua biodiversidade compreende 20 por cento de todas as espécies de plantas, animais e microrganismos do planeta, o que representa o maior patrimônio biológico do mundo. O conhecimento e a conservação desses recursos são fundamentais para garantir a sustentabilidade e a segurança alimentar da população, por isso, várias instituições brasileiras, incluindo unidades da Embrapa, empresas estaduais de pesquisa, universidades, entre outras vêm investindo no desenvolvimento de pesquisas e ações para assegurar a conservação e o uso adequado dos recursos genéticos.
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