Na década de 1990, Londres foi um reduto de notórios ladrões de livros. Eles furtavam por encomenda para as lojas da Charing Cross Road, recebendo por seus furtos uma determinada fração dos preços de capa dos livros.
Um dos ladrões de livros mais notórios na cidade foi um homem chamado Roy Faith. Ele sempre fazia duas visitas a uma livraria. Durante a primeira, ele escolhia os livros que iria furtar e empilhava-os em algum lugar onde eles não seriam vistos. Depois de sair da loja de mãos vazias, Roy esperava por cerca de meia hora e voltava quando os vendedores estavam ocupados demais para avistá-lo. Levava apenas um minuto para Roy colocar discretamente a pilha de livros em sua enorme mochila e sair antes que alguém desse conta do furto.
Outro ladrão, conhecido como Barry, era especializado em roubar o Times Atlas. A 75 libras cada exemplar, esses atlas eram muito cobiçados pelos ladrões de livros. Mas, devido ao grande tamanho, eram difíceis de serem escondidos. Eles não cabiam em sacolas ou mochilas, porém Barry encontrou uma solução. Vestindo uma capa de chuva personalizada, com enormes bolsos no interior, ele era capaz de furtar dois atlas de cada vez.
Extraído de The book thieves of 1990s London, por Cory Doctorow. In: Boing Boing.
Recomenda-se (só a leitura)
Roubando livros, uma crônica de Roberto Gomes.
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