23 novembro, 2014

De Albert Einstein


"Religião não deveria ter nada a ver com o medo da vida ou o medo da morte, nas sim com a busca pelo conhecimento racional.
A palavra Deus para mim é nada mais que a expressão e produto da fraqueza humana, a Bíblia é uma coleção de lendas honradas, mas ainda assim primitivas, que são bastante infantis. Nenhuma interpretação, por mais sutil que seja, pode (para mim) mudar isso.
Para mim, a religião judaica é, como todas as outras, uma coletânea de superstições infantis. E o povo judeu, ao qual eu pertenço e com cuja metalidade eu tenho grande ligação, não possui para mim nenhuma qualidade que outros povos não tenham. Por minha experiência, eles não são melhores que outro grupo de pessoas, apesar de protegidos das piores doenças pela falta de poder (sic). Por isso, não vejo nada que os torne "escolhidos".
É claro que é uma mentira o que você leu a respeito de minhas crenças religiosas, uma mentira que é repetida sistematicamente. Não acredito num Deus pessoal e nunca neguei isso, e sim o manifestei claramente. Se há algo em mim que possa ser chamado de religioso é a admiração ilimitada pela estrutura do mundo, do modo como nossa ciência é capaz de revelar.
Seu ressentimento com o Deus pessoal, que você assim como eu, acreditamos não existir, de certa forma me surpreendeu. Esta atitude encontra-se principalmente nas pessoas que se libertaram sem luta dos restos da educação arcaica e patriarcal."
Carta ao filósofo Erich Gutkind, em janeiro de 1954. Abaixo, em sua versão original.


"Religion sollte nichts mit Angst vor dem Leben oder Angst vor dem Tode zu tun haben, sondern sollte vielmehr ein Streben nach rationaler Erkenntnis sein.
Das Wort Gottes ist für mich nicht mehr, als der Ausdruck und das Produkt menschlicher Schwächen. Die Bibel ist eine Sammlung ehrbarer, aber dennoch primitiver Legenden, welche doch ganz schön kindisch sind. Keine Interpretation, wie feinsinnig sie auch sein mag, kann das (für mich) ändern.
Für mich ist die jüdische Religion wie jede andere der Inbegriff des kindischsten Aberglaubens. Und das jüdische Volk, dem ich gerne angehöre und dessen Mentalität ich mit einer großen Verbundenheit gegenüberstehe, hat für mich keine andere Qualität als alle anderen Völker. So weit meine Erfahrung reicht, sind sie nicht besser als andere Gruppen von Menschen, obwohl sie von den schlimmsten Krankheiten durch einen Mangel an Macht beschützt werden. Davon abgesehen kann ich nichts ‚Außerwähltes‘ an ihnen erkennen.
Es war natürlich eine Lüge, was Sie über meine religiösen Überzeugungen gelesen haben, eine Lüge, die systematisch wiederholt wird. Ich glaube nicht an einen persönlichen Gott und ich habe dies niemals geleugnet, sondern habe es deutlich ausgesprochen. Falls es in mir etwas gibt, das man religiös nennen könnte, so ist es eine unbegrenzete Bewunderung der Struktur der Welt, so weit sie unsere Wissenschaft enthüllen kann.
Dein Ressentiment gegen den persönlichen Gott, von dessen Nicht-Existenz du ja wie auch ich überzeugt bist, hat mich inigermassen erstaunt. Diese Haltung trifft man meistens bei Personen, die sich nicht ohne Kampf von diesem Prunkstück altväterlicher Erziehung in jungen Jahren freigemacht haben." Wikiquote

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